Humans of Science: Marina Fridman

(Photo: Tor Stensola)

Who are today’s scientists? Inspired by the project “Humans of New York”, Ar Magazine turns the spotlight on individual humans of science every month.

Name: Marina Fridman
Lab: Cortical Circuits lab
Project: Characterization of the projections from the lateral posterior nucleus of the thalamus to layer 1 of cortex

 

“My parents moved from Ukraine to the States when I was very young. Growing up, I was living in a country where normal meant one thing, and in my house normal meant a completely different thing. It showed me from early on that what we consider normal or obvious is actually completely constructed. There are as many realities as there are people, and even more because people change all the time.

Many people go into science because they’re attracted by the idea of an objective ground truth. Yet through the process of doing science you realise that we are always dancing around some kind of thing that is truth, but the way that we interact with it shapes entirely how it looks to us. In scientific discovery, it’s rarely uncovering truth in and of itself that is awarded, but what scientists saw around the truth, how they presented the truth, how it connects. Interpretation is what makes science such a human enterprise. Science is not a sterile thing, it has a lot in common with art I would say.

For example, in photography (one of my passions), any portrait of a person is going to be completely dependent on who’s taking the picture. This is a thing I found very appealing about photographs, I could show how I see the person in a way that now everyone can see. Moreover, even though the whole process of creating a photograph or a piece of science is very subjective, in the end, the product can be evaluated more or less objectively: it’s presented to everyone in the same format, although how they interact with it is their own process. Photography and science both have this ability to highlight the most interesting features of what you are looking at.”

Marina Fridman is currently a 2012 INDP PhD neuroscience student at the Champalimaud Centre for the Unknown. Before joining the INDP programme, she studied neuroscience at McGill University (Bachelor of Science) in Montreal, Canada as well as Eberhard-Karls-Universität (Master of Science) in Tübingen, Germany. Marina is also a talented photographer as can be seen in her contribution to the Humans of Science series published in the Ar magazine.

(Em português)

“Os meus pais mudaram-se da Ucrânia para os Estados Unidos quando eu era muito pequena. Cresci num país onde ser normal era uma coisa e em minha casa significava outra, totalmente diferente. Aprendi desde cedo que o que consideramos normal ou óbvio é na realidade algo que se constrói de raiz. Há tantas realidades quanto pessoas – e até mais do que pessoas, porque as pessoas estão sempre a mudar.

Muita gente decide fazer ciência porque se sente atraída pela ideia de que existe uma verdade de base objectiva. Porém, ao fazermos ciência percebemos que estamos sempre a girar em torno de uma espécie de coisa que é a verdade, mas que a maneira como interagimos com ela molda totalmente a forma como a vemos. Nas descobertas científicas, é raramente o facto de encontrar a verdade em si que é reconhecido, mas antes a maneira de perceber os contornos da verdade, de a apresentar, de a interligar. A interpretação é o que faz da ciência uma iniciativa tão humana. A ciência não é uma coisa estéril, tem muito em comum com a arte, diria eu.

Por exemplo, na fotografia (uma das minhas paixões), qualquer retrato de uma pessoa vai depender completamente de quem tira a fotografia. Esta é uma das coisas que me atrai nas fotografias: o poder mostrar como vejo uma pessoa para que todos a possam ver como eu. Além disso, mesmo que todo o processo de criação fotográfica ou científica seja muito subjectivo, o produto final pode ser avaliado de forma mais ou menos objectiva: é apresentado a todos no mesmo formato, embora a interação com ele seja um processo próprio de cada um. Tanto a fotografia como a ciência têm essa capacidade de fazer ressaltar as características mais interessantes do que estamos a ver.”

Marina Fridman é aluna de doutoramento em neurociências desde 2012 no INDP (programa doutoral do Centro Champalimaud). Antes disso, estudou na Universidade McGill, no Canadá (Bachelor of Science), e na Universidade Eberhard-Karls em Tubingen, Alemanha (mestrado). Marina é também uma talentosa fotógrafa, como o mostra o seu contributo para a série Humans of Science publicada na revista Ar.


 

Tor Stensola is a postdoc in the Systems Neuroscience Lab at the Champalimaud Centre for the Unknown

 


Loading Likes...